Memória Capixaba

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VISITANDO BAIRROS E SUBURBIOS
Santa Lucia - um bairro dentro de outro

A tal rua da Arvore... — O leite é adquirido na Praia Comprida — Rede de esgotos nao existe — Valetas imundas

O bairro de Santa Lucia podemos assim dizer, um bairro dentro do outro, tao intimamente se acha ligado com a Praia Comprida.

Bairros e Subúrbios de Vitória (Folha do Povo - 1953).
Série de reportagens "Visitando Bairros e Subúrbios de Vitória".
Matéria de Adam Emil e fotos de Moacyr Silva para o jornal Folha do Povo - 1953.

Bairros visitados na matéria, seus problemas, reclamações e pedidos dos moradores:

- Contorno;
- Caratoíra;
- Alto de Caratoíra;
- Quadro;
- Vila Rubim;
- Forte São João;
- Fradinhos;
- Mulembá;
- Maruípe;
- Gurigica de Fora;
- Gurigica de Dentro;
- Praia do Suá;
- Praia Comprida;
- Santa Lúcia e zona sul da cidade.

Bairros e Subúrbios de Vitória (Folha do Povo - 1953)
Série de reportagens "Visitando Bairros e Subúrbios de Vitória".
Matéria de Adam Emil e fotos de Moacyr Silva para o jornal Folha do Povo - 1953.
Bairros visitados na matéria, seus problemas, reclamações e pedidos dos moradores.

VISITANDO BAIRROS E SUBURBIOS

Bairro de gente abastada, mas com inumeras ruas bem pobres.
Deficiências inumeras a merecer a atenção das autoridades municipais — Iluminação, poeira, falta de calcamento, etc.

O QUE VEMOS, LEMOS E OUVIMOS

Texto de Adam Emil
Fotos de Moacyr Silva
Decima sétima de uma série.

A Praia Comprida, compreendendo também a do Canto, é um dos mais agradáveis, senao o mais agradável dos bairros de nossa Capital, tao cheia
de lugares desagradáveis,
Entretanto, mesmo em nome da poesia ou do bucolismo, há muito que reclamar em se tratando da Praia Comprida, porque náo há poesia nem poetas capazes de resistir às continuadas investidas da poeira, capaz de matar implacavelmente as inspirações poéticas...

Pois é justamente o que mais existe, principalmente na parte final do bairro, onde ante qualquer "pé de vento" densas nuvens
de pó amarelo envolvem as pessoas e as coisas.

Com a maioria de suas ruas sem possuir calcamento ou sequer meio fio, Saturnino de Britto (final), Afonso Claudio, Aleixo Netto, Ordem Progresso (lado direito de quem chega
Rio Branco, José Teixeira, Santa Leopoldina, Iconha, Colatina (certo trecho), além de outras, apresentam falhas bem sensíveis, quer, como já dissemos, pela quantidade de poeira, como pelos buracos de todos os tamanhos.

A Praia Comprida é o bairro granfino da cidade.
E' lá que residem o comprador de café, o alto negociante, etc. E' bem verdade que também residem funcionários, pequenos comerciantes, operários, etc., porém, a maioria pertence à
classe alta, ou melhor à classe abastada, podendo essa diferenca ser notada pelas residencias.
Porque, sem dúvida, esse bairro possue as mais belas e caras moradias da cidade. Como não podia deixar de ser, apresenta muitos contrastes. Um bonito palacete ao lado de uma tosca cabana de pescador.
Algumas ruas bem calçadas e outras cheias de capim e lixo. Uma praia boa para o banho e outra demais suja. Enfim, uma série de contrastes que se enfileiram à vista do visitante.

As fortes chuvas que afetam o Rio Grande do Sul desde a semana passada já provocaram 85 mortes e afetaram 385 dos 497 municípios gaúchos.

Além disso, 201,5 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e 47,6 mil delas estão morando em abrigos, segundo os dados do boletim mais recente da Defesa Civil do Estado, divulgado na noite desta segunda-feira (6/5).

Na área de 375 mil m², no planalto serrano, próximo ao Civit, Escelsa e Macro, a 15 minutos de Vitória, surgiu, há oito anos, no meio dos bairros mais populosos, como Jardim Limoeiro, José Anchieta e Feu Rosa, o bairro Valparaíso.

Hoje, com uma população estimada em 4.500 moradores, Valparaíso é considerado um dos melhores bairros por possuir completa infraestrutura: ruas asfaltadas, água encanada, luz, rede de esgoto, escolas, centro comercial, etc. Talvez por tudo isso, Valparaíso tem atraído, nos últimos anos, grande parte dos setores da classe média, profissionais liberais, como comerciantes, funcionários de grandes empresas, etc.

A população é formada basicamente por famílias jovens, que saíram de bairros mais próximos de Vitória devido aos altos preços dos aluguéis. As edificações mais antigas datam de 1983, quando foram construídos os primeiros conjuntos habitacionais.

Atualmente, mais da metade da área de Valparaíso, 191 mil m², é ocupada por edificações com prédios de três andares, casas baixas e duplex.

Por ser um bairro de ocupação planejada, a maioria dos conjuntos ainda mantém a fachada original. Mas é comum também encontrar duas ou três obras em uma mesma rua. As principais são as casas, primeiras a receberem reformas.

É difícil encontrar numa mesma quadra um único tipo de casa; as fachadas estão sendo alteradas progressivamente. Ao todo, já são 1.100 unidades habitacionais em meio a 134 mil m² de área verde; o concreto armado é suavizado pela cobertura vegetal que cerca todo o bairro. Os conjuntos são integrados às áreas de lazer e ao comércio, centralizado em um único ponto.

Bairros e Subúrbios de Vitória (Folha do Povo - 1953).

Série de reportagens "Visitando Bairros e Subúrbios de Vitória".
Matéria de Adam Emil e fotos de Moacyr Silva para o jornal Folha do Povo - 1953.

Bairros visitados na matéria, seus problemas, reclamações e pedidos dos moradores:

- Contorno;
- Caratoíra;
- Alto de Caratoíra;
- Quadro;
- Vila Rubim;
- Forte São João;
- Fradinhos;
- Mulembá;
- Maruípe;
- Gurigica de Fora;
- Gurigica de Dentro;
- Praia do Suá;
- Praia Comprida;
- Santa Lúcia e zona sul da cidade.

A Festa "Remember Blow-Up" na casa de eventos "Na Vista" na Enseada do Suá nos dias 03 e 04/05/2024.

Programação sexta-feira
20:00 h - Abertura Ary
21:00 h - Back to The Past
22:00 h - Gordinho
23:00 h - Double You
24:00 h - Monstrinho
01:00 h - Encerramento

Programação sábado
20:00 h - Abertura Ary
21:00 h - Back to The Past
22:00 h - Monstrinho
23:00 h - Double You
24:00 h - Gordinho
01:00 h - Encerramento

Apresentação Fábio Pirajá.

Gurigica de Fora, muitas promessas, problemas seríssimos, capim verdejante.

Gurigica de Dentro, melancólico bairro, decepcionante durante o dia e à noite, os problemas que afligem nossa população suburbana, a central elétrica não colabora.
Falta coleta de lixo, saneamento básico, abastecimento de água, as ruas não possuem calçamento nem nivelamento.

Bairros e Subúrbios de Vitória (Folha do Povo - 1953)
Série de reportagens "Visitando Bairros e Subúrbios de Vitória".
Matéria de Adam Emil e fotos de Moacyr Silva para o jornal Folha do Povo - 1953.

Bairros visitados na matéria, seus problemas, reclamações e pedidos dos moradores:

- Contorno;
- Caratoíra;
- Alto de Caratoíra;
- Quadro;
- Vila Rubim;
- Forte São João;
- Fradinhos;
- Mulembá;
- Maruípe;
- Gurigica de Fora;
- Gurigica de Dentro;
- Praia do Suá;
- Praia Comprida;
- Santa Lúcia e zona sul da cidade.

O Bairro Vila de Maruípe (Jornal Folha do Povo - 1953)
O Bairro Vila de Maruípe na série
VISITANDO BAIRROS E SUBURBIOS para o Jornal Folha do Povo - 1953.

Texto de Adam Emil;
Fotos de Moacyr Silva.

Verão 1969 - Revista Capixaba
Texto de Marien Calixte
Fotos de Paulo bonino e Durvalino Rodrigues

Chegou o sol permanente, a água é uma delícia e a alegria é uma só em Maruípe, Praia da Costa, Guarapari, Manguinhos, Piúma, Marataízes, e em toda parte no Espírito Santo, neste tempo capixaba por excelência que é o verão.

Rico de surpresas e generosamente matizado das cores modernas dos Biquínis, o verão Aí está a, qual o imperador romano, dominando a tudo e a todos.

Centro de interesse do turista brasileiro que vem ao Espírito Santo, o verão Deixa de ser uma das estações do ano e se transforma em estado de espírito.
Como é caso de Vitória e Vila Velha, Guarapari, Jacaraípe, e Marataízes, principais pontos de atração do veranista.

Todos os anos, e multiplicando-se a cada nova temporada de calor intenso e a menos ventos marítimos, romarias de pessoas buscam o litoral capixaba, desde o habitante do Espírito Santo até os dos pontos mais distantes do Brasil, como Recife e Manaus, Curitiba e Porto Alegre.

Este ano já se registra um novo recorde de turistas na capital e principalmente em Guarapari que é hoje o principal Balneário do estado e um dos mais procurados do país.

Hoje, quando se intensifica uma política de turismo brasileiro, o espírito santo está oferecendo, como organização que se aprimora vantagens aos seus visitantes, através da variedade e uma crescente comodidade.

Multiplicaram-se as rodovias que ligam o estado aos outros principais centros populacionais do país - Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia -, a receptividade cresceu de qualidade, criaram se motivações para o programa de turismo, hospedagem e alimentação deixaram de ser problema para satisfazer Sem Limites ou visitante.

E o turista encontrará no verão capixaba algumas vantagens que poderá receber durante o resto do ano: a cortesia permanente do Capixaba, a versatilidade da cozinha Generosa Que Surpreende em Paladares, um mar de esplêndidas e carinhoso o artesanato e o progresso surpreendente que se soma a presença das tradições desse povo de 450 anos.

O verão capixaba é uma explosão de emoções que se manterão até um novo verão.

A Blow Up hoje é uma marca, mas começou de um ensaio. E tornou-se fruto do gosto em propiciar diversão, característica marcante de seu fundador, Almerindo Perin.

Nascido em Linhares em 1960 e falecido em 1990, desde cedo revelou-se criativo e empreendedor. Ainda menino, já experimentava os primeiros passos na área de diversão. Com seu equipamento de som, promovia festinhas em bairros, passando depois a trabalhar em clubes de sua cidade. Aos 18, já era empresário da noite e, assessorado pelo irmão Carlos Perin, montou a discoteca Voyage, em Linhares. Dois anos após, instalou em Vila Velha o Roller Dance, inspirado na patinação, modismo da época.

Em 1981, foi inaugurada a Blow Up, que fica no Shopping Center de Vila Velha. Além de Carlos, a irmã Dulcimar passou a trabalhar com Almerindo na boate, onde fazia serviços de escritório. Em seguida, o empresário instalou o bar e restaurante Jardim e o Bom Pedaço, casa do mesmo gênero. Em 13/01/86, a Blow Up sofreu um incêndio, que quase a destruiu por inteiro. Em 1988, Almerindo associou-se a um empreendimento em Nova Guarapari (Guarapari), que incluía o Catavento Bar, o restaurante Maria-Maria Piano Bar e o Zeppelin Videodisco.

VISITANDO BAIRROS E SUBURBIOS
Texto de Adam Emil;
Fotos de Moacyr Silva.
Reiniciamos hoje a Série de reportagens e penetraremos agora pela considerada Zona Norte da Cidade. Forte de S. Joao, Jucutuquara, Fradinhos, Maruipe, Gurigica, etc., pontos visitados pela reportagem da "Folha", nesse trabalho de intensa repercussão, que mereceu do senhor prefeito municipal e da Câmara as mais lisonjeiras referencias.
Somos gratos as manifestações de estimulo e compreensão, que nos levam a empreender o nosso árduo trabalho com maior disposição.
O povo tem nos recebido com afeto e simpatia. Nutre a esperança, muito natural, de ver os problemas principais que tanto atormentam os locais onde reside, completamente solucionados.
Dentro desse espirito de compreensão e boa vontade muito poderemos conquistar. Nos temos a honra de ter empreendido um trabalho jornalístico.

"A Garota de Ipanema é ela" por Artur Aymoré.
Jornal do Brasil de 09/09/1965.

Heloísa Eneida Paes Pinto Mendes Pinheiro.

Revela Heloisa Eneida. que descende de nobreza brasileira, tendo por tio-avõ o Barão de Itaipu, por parte do pai, que é alagoano, e do Barão de ltapemirim, de parte da mãe, que é capixaba, que se sente urna moça sem grandes pretensões, que gosta do seu trabalho "por ser humano e útil". e considera que a Jovem de hoje jamais pode ser independente, a não ser no amor.

Na época em que Vasco Fernandes Coutinho enfrentava uma situação difícil devido aos ataques dos índios em sua Capitania do Espírito Santo, ele enviou um pedido de socorro ao Governador Mem de Sá, na Bahia. O Governador prontamente atendeu, despachando cinco embarcações bem tripuladas, com seu filho Fernão de Sá como Capitão-Mor da galé São Simão. Os outros capitães eram Diogo Morim, o Velho, e Paulo Dias Adorno. Eles chegaram a Porto Seguro, onde foram informados de que o maior contingente indígena hostil estava no rio chamado Bricaré, onde estavam atacando Vasco Fernandes. Decidiram então partir em busca deles, contando com a ajuda dos experientes navegadores Diogo Álvares e Gaspar Barbosa em seus caravelões.

Após navegar pelo rio durante quatro dias, avistaram as fortificações do inimigo próximas à água. Desembarcaram com os soldados enquanto os marinheiros mantinham as embarcações no meio do rio para evitar encalhar na maré baixa. A batalha começou, e no primeiro confronto os índios foram rapidamente derrotados. No entanto, eles se reagruparam com uma força avassaladora, forçando os portugueses a se desorganizarem e se misturarem com os inimigos. Os tiros vindos das embarcações não apenas não os defendiam, mas também feriam e matavam os próprios soldados portugueses. Enquanto tentavam se refugiar nas embarcações, muitos tiveram que nadar até lá, enquanto os feridos eram levados em algumas jangadas. Os capitães Adorno e Morim foram mortos, enquanto o Capitão-Mor e seu Alferes João Monge foram emboscados e mortos a flechadas quando estavam na retaguarda, enfrentando o avanço incessante dos reforços indígenas de outras aldeias.

Assim, Fernão de Sá encontrou seu fim, após demonstrar bravura em numerosos combates, tanto neste confronto quanto em outros na Bahia e em outras regiões. Os sobreviventes retornaram ao Espírito Santo, onde Vasco Fernandes os recebeu com pesar, ciente da perda de seu filho e da derrota. Ele os enviou, juntamente com toda a ajuda possível, para enfrentar outros grupos indígenas que ainda os cercavam, conseguindo dissipar essa ameaça, embora com a perda de alguns dos seus homens, incluindo Bernardo Pimentel, o Velho, que foi morto ao entrar numa casa.

Depois dessa missão, eles seguiram para São Vicente e depois para a Bahia. O Governador, sabendo da morte de seu filho pelas mãos dos índios, se recusou a encontrá-los. No entanto, mesmo que não fossem culpados pela morte de Fernão de Sá, não podemos culpar o pai por sua reação extrema diante da perda de um filho tão valioso.

Os repórteres e os "Primos Pobres" (Folha do Povo - 1953)
Jornal Folha do Povo de 1953
Série de matérias visitando bairros e subúrbios
(Décima primeira de uma série)

Os repórteres com os "primos pobres"

Necessidades de todas as espécies na Reta de Maruípe, Mulembá, Vila Maruípe, Gurigica de Dentro e Barreiros.
Os políticos sempre os políticos... Verdadeiro chiqueiro.
Texto de Adam Emil e fotos de Moacyr Silva.

Bairro Fradinhos (Folha do Povo -1953).

— Melhor iluminacäo, nivelamento da rua principal, linha de onibus, limpeza do valao, suas principais necessidades

Texto de Adam Emil
Fotos de Moacyr Silva
(Nona de uma Série)

Dizem os mais antigos moradores que o nome "Fradinhos" veio do fato de, em
tempos passados, ter existido ali um convento de frades franciscanos.
De fato, ainda hoje, pode-se ver, em meio ao mato, do que teria sido o mosteiro dos frades.
os dias atuais.
Muitas historias sao contadas a respeito do bairro. Uma delas diz que os franciscanos enterravam as suas riquezas nas paredes e em covas do mosteiro.
Muitas escavacoes foram feitas, porém, até agora, nao se teve noticia de terem sido encontradas.
Outra reza que na pedra dos "Dois Olhos" existe um buraco onde grandes tezouros teriam sido guardados.
Multos exploradores tentaram em vao ganhar o fim da gruta, porém, desistiram devido a falta de ar que se faz notar.

A visita do Presidente Geisel a Vitória confirmou as palavras do Governador Élcio Alvares, há três meses, quando, ao anunciá-la, disse que ela mudaria a História do Espírito Santo. Efetivamente, as 24 horas que o presidente da República passou em Vitória representaram cerca de Cr$ 1,5 bilhão em novos investimentos, através de 22 convênios assinados com o governo do estado. Poucas vezes houve, no Espírito Santo, manifestações públicas tão calorosas e espontâneas.

A importância da visita, a excelente imagem do presidente entre os capixabas e a repercussão, na opinião pública, da ação dos governos federal e estadual, fizeram de Vitória a-cenário de uma verdadeira festa de genuína autenticidade, com a participação calorosa de todo o povo. Entre todos os documentos assinados, o da constituição da Usina Siderúrgica de Tubarão —tão ansiosamente esperada pelos capixabas e cujos investimentos totalizarão 2,2 milhões de dólares — foi considerado o mais importante, pois viabiliza novas e amplas perspectivas para a economia do estado e do país.

OUTROS documentos foram firmados, um dos quais aprovando a exposição de motivos dos ministros do Planejamento, dos Transportes e do Interior, para a implantação do Programa de Investimentos para Centros Urbanos no Espírito Santo, no valor de Cr$ 251 milhões, e no qual o governo federal se comprometeu num esquema de apoio à viabilização da terceira ponte ligando Vitória a Vila Velha.

O bairro Ilha de Santa Maria em 1953.
Jornal Folha do Povo
Oitava matéria da série "Visitando bairros e subúrbios" com textos de Adam Emil e fotos de Moacyr Silva.
A ilha que não é Ilha, povoação numerosa, também ruas sem nome e casas sem números, muitos mosquitos, lama por toda parte, não há linha de ônibus, iluminação pública precária.

VISITANDO BAIRROS E SUBURBIOS
Texto de Adam Emil;
Fotos de Moacyr Silva.

Reiniciamos hoje a Série de reportagens e penetraremos agora pela considerada Zona Norte da Cidade. Forte de S. Joao, Jucutuquara, Fradinhos, Maruipe, Gurigica, etc., pontos visitados pela reportagem da "Folha", nesse trabalho de intensa repercussão, que mereceu do senhor prefeito municipal e da Câmara as mais lisonjeiras referencias.
Somos gratos as manifestações de estimulo e compreensão, que nos levam a empreender o nosso árduo trabalho com maior disposição.
O povo tem nos recebido com afeto e simpatia. Nutre a esperança, muito natural, de ver os problemas principais que tanto atormentam os locais onde reside, completamente solucionados.
Dentro desse espirito de compreensão e boa vontade muito poderemos conquistar. Nos temos a honra de ter empreendido um trabalho jornalístico.

Governo Capixaba inaugura Ceasa e Cesan (1977).

O governo capixaba inaugura mais duas obras que beneficiarão a população da Grande Vitória e todo o estado do Espírito Santo: Abastecimento de alimentos e de água - 1977.

A administração do Governador Élcio Alvares, no Espírito Santo, vem se caracterizando por uma ação objetiva e harmonizada com as metas prioritárias do governo federal, que tem como finalidade a melhoria das condições de vida do homem brasileiro. Para isso, o governo do estado tem recebido o mais decidido apoio do Presidente Ernesto Geisel, que vem cumprindo as palavras que pronunciou em suas visitas à terra capixaba, através dos Ministérios competentes e dos órgãos governamentais. Agora mesmo, mais duas iniciativas da mais alta significação para o abastecimento de gêneros e de água se concretizaram. Por essas e outras, diz-se que o desenvolvimento do Espírito Santo está dividido em duas etapas históricas: antes e depois de Geisel.

Duas obras de vital importância para o Espírito Santo e, especialmente, para a região da Grande Vitória foram inauguradas com a presença do Governador Elcio Alvares, do Ministro do Interior, Rangel Reis, do Ministro da Agricultura, Alysson PaulineIli, do Presidente do BNH, Mauricio Schulman, e diversas outras altas autoridades civis e militares. São dois empreendimentos da CEASA-ES e da CESAN. A primeira, Central de Abastecimento, localizada na rodovia BR-262, km 6,5, no entroncamento com a rodovia BR-101 (Rodovia do Contorno), em Campo Grande, município de Cariacica, e integrante do Programa Nacional de Centrais de Abastecimento previsto na estratégia agrícola do I Plano Nacional de Desenvolvimento e inscrito no contexto das prioridades e metas setoriais do II PND.

Submetida ao controle do Sistema Nacional de Centrais de Abastecimento — SINAC, cuja gestão compete à Companhia Brasileira de Alimentos — COBAL, a CEASA-ES figura entre as prioridades do I Plano de Desenvolvimento Estadual, tendo sido vinculada à Secretaria da Agricultura do estado. Com uma área total de 118.742m², sendo 9.842 m² de área coberta, ela abrange — além de vias de tráfego, áreas de estacionamento, de expansão e espaços verdes, castelo d'água e reservatório subterrâneo com capacidade para 288.000 litros — um Pavilhão de Permanentes, para alocar mensalmente agentes de comercialização de produtos hortigranjeiros, um Pavilhão de Não-Permanentes, para alocação diária de agentes de comercialização e produtores de hortifrutigranjeiros, um bloco de Administração e Lojas (estas últimas para serviços de apoio e auxiliares, como bancos, insumos, assistência técnica, informação de mercado etc), e uma Portaria para controle geral de entrada e saídas. Pela sua localização, ela atende tanto ao consumo local quanto à exportação para outros centros, além de atuar como um mecanismo disciplinador e regulador da oferta de gêneros alimentícios.

A CESAN — Companhia Espírito-santense de Saneamento — inaugurou o Sistema de Abastecimento de Água da Gr

O menino de rostinho rosado, pele fina e cabelos macios, foi raptado em Cariacica, no Espírito Santo, na tarde do dia 3 de janeiro de 1970.

Alan Kardec guarda muito pouco. Descoberto em Iguaraci, um lugarejo do interior pernambucano a 370 quilômetros do Recife, ele voltou para casa, de onde saiu com quase oito anos de idade, como um desconhecido vendedor de pastéis.

Voltou famoso, carregado nos braços, saudado pela multidão que o aguardava em Vitória. Do tabuleiro de pastéis, pouco se recorda.

A mancha roxa no ombro direito é a marca mais recente, deixada pela lata de água que era obrigado a carregar todos os dias no sertão nordestino. O rosto empalideceu.

Os cabelos perderam o brilho. Pouco desenvolvido para um adolescente de 13 anos e com braços e pernas finos em um corpo dilatado pela verminose, Alan Kardec personifica, no sotaque e na postura, o menino pobre e sertanejo que foi durante os quatro anos e oito meses que viveu em Iguaraci.

O período correspondente ao ano que perambulou em companhia da mulher que o teria raptado ainda não foi bem explicado. O garoto se refere ao episódio resumindo-o numa história fantástica:

"A mulher me levou num jipe preto que saiu andando, andando, por lugares que não sei. O dinheiro acabou e a gasolina faltou e ela pifou. Começou a se encher de cachaça, bebeu, bebeu até que estourou. O homem que dirigia o jipe foi embora. Os urubus vieram para comer a mulher. Chovia, sentei numa pedra e fiquei esperando alguém passar. Aí termina essa história."

SEGUE...

VISITANDO BAIRROS E SUBURBIOS

Dupla fisionomia do bairro - De dia - comercio
movimentado; à noite - solidão e ambiente perigoso.

Texto de Adam Emil;
Fotos dc Moacyr Silva;
(Sexta de uma série).

A Vila Rubim ocupa juntamente com a Ilha do Príncipe e a Volta de Caratoira a primazia de ser um bairro que não pode faltar aos noticiários policiais.
Diariamente, pode-se ler ocorrências ali registradas. Zona despoliciada, sofre, devido ao grande número de botequins e algumas casas de meretricio, a avalanche de malandros de todas as procedências, que transformam o local numa constante "dor de cabeça" para as autoridades.

Suas ruas mal iluminadas dão a impressão de um filme inglês de mistérios. Depois de certa hora da noite senhoritas não devem passar sozinhas pela Vila Rubim, e mesmo acompanhadas; São vitimas de pilherias e de vexames, É o bairro de duas faces.
De dia é a parte mais comercial da cidade, com centenas e centenas de pessoas atarefadas nas mais diversas profissões.

A noite, como dissemos, assemelha-se com os filmes inglêses, onde tudo é mistério, não se sabendo o que poderá acontecer. Crimes com requintes bárbaros tem ali ocorrido. São as duas facetas da Vila Rubim.

Morro do Quadro - Bairro tipicamente Operário (Folha do Povo - 1953)
Os maiores problemas: redes de esgoto, lixo, sujeiras, um grupo escolar.
O povo recebe com simpatia a reportagem do vespertino "Folha do Povo".
Série de reportagens "Visitando bairros e subúrbios" com textos de Adam Emil e fotos de Moacyr Silva.
31 de agosto de 1953.

O nome Caratoíra na língua Indígena significa Montes Altos. O bairro foi batizado por este nome por conta da sua grande altitude e difícil acesso por causa da vegetação que estava presente.

O bairro Caratoíra surgiu em 1922 após a abolição da escravatura no Brasil, com a chamada Lei Áurea estabelecida pela Princesa Isabel no dia 13 de Maio de 1888. Esse fato da abolição da escravatura é um dos grandes motivos pelo surgimento do bairro na Grande Vitória, uma vez que a comunidade começou a ser ocupada por trabalhadores negros que eram submetidos à serviços no Porto de Vitória. Vale ressaltar que após esse fim da escravidão, o povo antes escravizado, não recebeu nenhum amparo governamental, apenas sua libertação, sem direitos a incentivo, educação, moradia, dentre outros.

Diante dessa realidade tortuosa, o povo negro começou a se alocar em morros periféricos às cidades, sem qualquer pavimentação, iluminação, esgoto ou condições mínimas de vivência.

A difícil e desigual história geral do Brasil se repete em Caratoíra.

Devido a alta demanda de trabalhadores no Porto de Vitória, os morros - em especial Caratoíra - começaram a ficar altamente povoados e a desenvolver-se ao redor de barracos.

Apenas em 1962, após 40 anos que o bairro foi formado que houveram obras de pavimentação e calçadas para os moradores do bairro.

Um episódio triste para a história do bairro foi registrado nos anos 60. Durante os anos de 1960 a 1970 surgiram na comunidade algumas casas de prostíbulos, fazendo ser identificado assim, como o bairro sofria, como sofre até nos tempos atuais, a chamada: desigualdade de classes sociais. Resultando de uma falta de oportunidade social, seja de estudar, trabalhar ou ter acesso a um estudo de nível técnico.

Após este período, os prostíbulos foram transferidos, saindo de Caratoíra para São Sebastião. Com isso, o bairro começou a se desenvolver ainda mais e levantar a bandeira da cultura local, sendo em 1973 fundada a Escola de Samba Novo Império e nesse meado, se tornou casa do Clube Náutico do Brasil, um dos mais tradicionais de Grande Vitória - antes do Clube se sediar em Caratoíra, passou pela Ilha do Príncipe e Vila Rubim.

Venceram Os argentinos as duas primeiras provas - o "Espírito Santo" venceu o troféu
Jornal Folha do Povo de 10 de setembro de 1953.
Texto de Adam Emil e fotos de Moacyr Silva

Os argentinos venceram a última prova mas foram desclassificados e a "Taça Cidade de Vitória" ficou conosco.
O batismo do "Capixaba" e do "Espírito Santo".

O barco "Espírito Santo" para se sangrar vencedor da quinta regata taça cidade de Vitória, precisava conseguir o primeiro posto e torcer para que o argentino "Charito" chegasse, em último caso, na quarta colocação.

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